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domingo, 23 de junho de 2013

O Xangô de Baker Street

Sinopse (skoob)- O Xangô de Baker Street - Jô Soares Um violino Stradivarius desaparecido, algumas orelhas cortadas e seus respectivos cadáveres trazem o famoso Sherlock Holmes ao Brasil, por recomendação de sua não menos famosa amiga Sarah Bernhardt. Porém aquilo que parecia um pequeno e discreto caso imperial transforma-se numa saga cheia de perigos, tais como feijoadas, vatapás, mulatas, intelectuais de botequim, pais-de-santo e cannabis sativa. Sem falar, é claro, dos crimes do primeiro serial killer da história, que executa seu sinistro plano nota a nota, com notável afinação e precisão de corte. O britânico e intrépido detetive e seu fiel e desconfiadíssimo esculápio vivem então no Rio de Janeiro a aventura de Sherlock Holmes que Conan Doyle se excusou de contar - por motivos que ficarão bastante óbvios -, mas que para felicidade do leitor brasileiro Jô Soares resgata neste romance implacável e impagável.



Resenha
  O Xangô de Baker Street é mais uma daqueles textos que você lê e rele várias vezes e continua achando a história, e principalmente os personagens, maravilhosos.

Jô mistura de uma forma hilariante e natural, os personagens fictícios e reais. Além, da precisão histórica dos relatos sobre a vida no Rio de Janeiro, durante o reinado de D. Pedro II. Destilando todo seu humor, Jô Soares, consegue desenvolver uma trama inteligente e apaixonante.
O violino é raríssimo e o representante maior do Brasil tem a ideia de trazer para solucionar o problema o maior detetive do planeta: Sherlock Holmes e o seu amigo inseparável dr. Watson vieram juntos para viver essa nova aventura com muita curiosidade e determinação para solucionar o caso. A história gira em torno do desaparecimento de um caríssimo violino Stradivarius, que  D. Pedro deu de presente a sua amante, a fogosa Baronesa de Avaré, e de crimes hediondos que estão ocorrendo na cidade: algumas jovens são cruelmente assassinadas, tendo suas orelhas decepadas e o assassino faz questão de deixar sua assinatura com uma corda de violino presa nos pêlos pubianos.

Tendo como personagem principal, o detetive britânico Sherlock Holmes, que ainda detentor de um intelecto brilhante se vê perdido em meio a cultura brasileira, e suas peculiaridades acabando por muitas vezes parecer estúpido ante aos acontecimentos, o que caracteriza e satiriza a trama imaginada por Jô Soares, colocando o deslumbramento do britânico investigador com os "modos brasileiros", acima de sua capacidade de analisar, o que torna o racional detetive um homem passional.

Podemos dizer, na realidade, que este texto é uma mistura de História e Ficção, muito bem realizada e apresentada ao leitor, com um texto ágil e delicioso de ler.

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